O trabalho remoto também chamado de home office, está ganhando cada vez mais adeptos no mundo, estando o Brasil em 2º lugar entre os países mais abertos ao trabalho flexível. A pesquisa realiza pela Regus com mais de 44 mil executivos de 105 países. Hoje já não faz mais sentido “vou sair para trabalhar”, as famílias ajustaram-se forçadamente ao modelo de trabalho à distância. Pois, de outra forma, o deslocamento e a proximidade com outras pessoas traziam riscos à saúde e podia ser fatal.
O trabalho remoto já era pauta de discussões nas empresas antes desta pandemia da Covid-19 e hoje é um critério de decisão para os melhores profissionais do mercado ou retenção destes talentos. Com isto, nasceu o trabalho híbrido ou flexível, uma nova forma de manter os colaboradores focados e produtivos sem as distrações de suas residências.
A flexibilização do trabalho
Enquanto a média global de profissionais que trabalham 2,5 dias ou mais por semana fora do escritório é de 52%, no Brasil o índice sobe para 59%. Estamos atrás apenas no México, onde 70% disseram trabalhar fora do escritório metade (ou mais) da semana. A pesquisa revela que, globalmente, 60% dos executivos ouvidos possuem uma estrutura home office. Dentro deste grupo, o nível de produtividade aumenta 13%, de acordo com a Regus. A grande maioria dos participantes do levantamento (88%) acredita que o trabalho flexível, sobretudo, quem tem filhos, a seguir investindo na carreira. A ausência de contato com os colegas de trabalho é, no entanto, uma preocupação: 64% sentem falta da interação com o restante da equipe. Entre os brasileiros, 43% confessaram que o teletrabalho dá uma sensação de solidão. Confira os países mais abertos à flexibilidade no trabalho, e, por isso, com mais executivos trabalhando fora do escritório em dias úteis e o percentual de entrevistados que se sentem sozinhos em trabalhando em casa:
País | Trabalham fora da empresa 2,5 dias/semana |
se sentem sozinhos trabalhando em casa |
México | 70% | 28% |
Brasil | 59% | 43% |
China | 58% | 37% |
Índia | 56% | 54% |
França | 53% | 44% |
África do Sul | 52% | 41% |
Bélgica | 51% | 27% |
Alemanha | 50% | 30% |
Estados Unidos | 48% | 34% |
Canadá | 48% | 37% |
Japão | 48% | 53% |
Reino Unido | 46% | 36% |
Holanda | 45% | 30% |
Austrália | 45% | 36% |
Fonte: Regus
Já pela Robert Half, empresa de recrutamento especializado, revela que o Brasil é o 3º pais que mais cresce em home office. A pesquisa foi realizada em 16 países com 1.876 diretores de recursos humanos e comprova a tendência de que trabalhar em casa é uma modalidade cada vez mais difundida no Brasil e no mundo.
A China aparece como líder deste ranking com 54% dos entrevistados apontando para o aumento do teletrabalho no país. Em segundo, Singapura, onde cindo em cada 10 entrevistados observaram o aumento do trabalho em casa nos últimos três anos. Assim temos:
O ranking dos TOP10: 1º China (54%); 2º Singapura (50%); 3º Brasil (47%); 4º Austrália (45%); 5º Bélgica (44%); Luxemburgo (44%); 5º Luxemburgo (44%); 5º Reino Unido (44%); 6º Holanda (43%); 7º Chile (42%) e 8º Suíça (38%).
*A porcentagem refere-se à quantidade de entrevistados de cada país que observou o aumento
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Sem barreiras geográficas
O home office já era discutido antes da chegada da pandemia da Covid-19 e hoje virou um dos critérios básicos para atrair os melhores profissionais do mercado. Há quem ame, há quem odeie e há, também, os que preferem o meio termo. Uma empresa do porte e da importância como o Google já sinalizou que os seus escritórios serão transformados para dar boas-vindas ao modelo híbrido.
Todos procuram uma liberdade geográfica, onde poderão usufruir de viagens e acompanhar a família em momentos ímpares e trabalhar ao mesmo tempo, sem ter que se separar da família em tempo integral. Com a internet, o céu é o limite. Não há mais barreiras geográficas ou deslocamentos de até uma hora ou mais para participar de reuniões que poderiam ser resolvidas apenas com um e-mail ou videochamada.
A facilidade do trabalho virtual está indo além da segurança – hoje um dos problemas no Brasil -, uma vez que a flexibilidade para transitar entre o escritório e a cadeira diante do computador, do notebook ou tablet garante ao colaborador a autonomia que pode ser muito útil em processos criativos.
Para muitos, isso prova que o futuro não tem barreiras, nem nacionalidade, ele tem endereço eletrônico e pode ser acessado de qualquer lugar do mundo. Pesquisa do banco Credit Suisse com 14 mil pessoas de 8 países mostrou que os brasileiros que trabalham remotamente aprovam e pretendem manter o home office. Entre a amostra da pesquisa feita com os consumidores do Brasil, 62% trabalham de casa e 90% pretendem fazer mais compras online no próximo ano. A aceitação da flexibilização do trabalho é uma realidade, pois passou a ser critério fundamental para boa parte dos profissionais de tecnologia.
A América Latina é uma das regiões mais urbanizadas do mundo. No México, por exemplo, a terceirização de profissionais de Tecnologia da Informação cresce de 10% a 15% todos os anos, de acordo com o Banco Mundial. Com as transformações digitais pela tecnologia, o mercado para os profissionais tech está cada vez mais aquecido e as empresas deste segmento vão ainda além: optam por contratar profissionais na modalidade anywhere office. Remotamente, há uma infinidade de possibilidades a serem exploradas, inclusive em grandes empresas fora do País.
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